outubro 30, 2012

Desamontoando

Minha cabeça (e talvez a de todo mundo) funciona por links. Eu vejo algo que me lembra de algo que me lembra outra coisa e por aí vai. Fuçando no blog da Pri (olha a intimidade) acabei caindo no link desse post. Quando eu cliquei no título, pensei ser uma coisa, e na verdade não era. Foi uma boa surpresa, gostei muito da  idéia de fazer uma lista de 101 coisas pra concluir em 1001 dias. Adoro listas e ultimamente tenho feito muitas na agenda, e dá uma satisfação enorme riscar o item ou fazer um X no parênteses.
Mas essa tal coisa que eu pensei ser o assunto do post é uma matéria que eu li em (pasmem!) 2008 numa edição da revista Vida Simples, que eu ainda devo ter no meio dos imensos amontoados de revistas velhas em casa.

(Pasmem porque minha memória é péééééssima, muitas vezes conto uma história pra pessoa que me contou a tal coisa em primeiro lugar, e aí espero a reação dela super empolgada, e então fico com cara de não-entendi quando ela me olha com cara de "tá me zuando, né?")

Talvez eu tenha achado a idéia tão interessante que meu subconsciente arquivou na pasta de lembrar daqui 4 anos.


100 coisas para viver por Drica Nazarian
Em um dia aparentemente corriqueiro, Dave Bruno sentiu- se sufocado com a quantidade absurda de coisas que viu ao seu redor. O americano se deu conta de que andava invertendo valores: amava as coisas e usava as pessoas. Para lutar contra o consumismo, propôs a si mesmo um desafio batizado de The 100 Thing Challenge (O Desafio das 100 Coisas): até 12 de novembro, deve concluir uma lista com os 100 objetos pessoais que considera indispensáveis. A partir daí, passará um ano vivendo com esse número de pertences. Claro que há algumas regras: tudo que é compartilhado em família não foi incluído na conta, assim como artigos de grande valor afetivo, teoricamente dignos de serem levados por uma vida inteira pela sensação nostálgica que oferecem, como a Bíblia usada pelo avô durante a guerra. Em seu blog, sucesso na web, o empresário mantém um registro sobre o passo-a-passo do desapego: aos poucos, a lista do que irá permanecer diminui, enquanto cresce o que será vendido, doado ou jogado fora. Como todos nós, abrir mão de bens materiais é encarado como um sacrifício que Bruno vivencia a duras penas. E esta é a parte mais desafiadora de sua proposta: reavaliar seus conceitos sobre conforto e necessidade. Desde então, economizou tempo, dinheiro e energia, dando importância ao que realmente vale a pena. Através de um esforço realista e voluntário, tem mostrado que podemos, sim, simplificar desordem, padrões, desejos e excessos sem que isso resulte em infelicidade.



O artigo é antigo e não encontrei nos arquivos virtuais da Vida Simples. Mas a ideia é muito interessante, e mesmo acreditando ser impossível pra mim viver com apenas 100 objetos  (veja só, sou uma amontoadora de objetos, principalmente os bonitinhos e/ou com água dentro), é um norte pra começar a se livrar do lixo inútil que me rodeia, e principalmente, que eu compro. Pode ser pra você também.

Ps.: Não fui atrás (e nem pretendo) de descobrir se deu certo ou não. Minha fé na humanidade é muito frágil e não vou arriscá-la à toa, haha.


abril 25, 2012

Mundo Novo

Antes de começar o post, devo avisar que eu tenho uma mente extremamente  um pouco confusa e provavelmente esse será um post não-conclusivo. Recomendado pra pessoas que queiram refletir ou estejam em profundo tédio, sem nada melhor pra ler. Se você espera conclusões brilhantes, sinto te decepcionar :T

Há muito tempo eu li Ismael (um livro ótimo, por sinal... seu sucessor, "A História de B" nem tanto) e esse livro me ajudou a perceber que quando nós estamos dentro de uma realidade, é difícil (ou quase impossível) enxergar essa realidade pelos olhos de alguém que não faz parte dela. Por exemplo, muitas vezes usamos a expressão "mitologia grega" numa boa, mas se alguém dissesse "mitologia cristã" eu ia querer ver o fuá que ia ser. Quer dizer, pra quem olha de fora, a religião pode ser mito e vice-versa.

Tirei essa foto no momento em que comecei a ler o livro (não leio prefácios). Eu tinha oito livros na mochila, emprestados de uma amiga, que eu estava indo devolver. Por falta de tempo, não consegui ler nenhum dos oito, e "renovei o empréstimo" desse pra ler.


E então há pouco tempo eu li Admirável Mundo Novo. O cenário é meio chocante, os valores são invertidos, monogamia é imoral e o pensamento individual é visto com maus olhos. Você lê e pensa "Que absurdo! Quanto retrocesso! Poligamia? Ai, cadê meus sais?".
E daí eu te pergunto: em que mundo nós vivemos? Num mundo monogâmico? Num mundo cheio de cabeças pensantes, com senso crítico apurado, dificilmente manipuláveis? Ah tá.

Um outro dia eu percebi que as pessoas ao meu redor - e também eu mesma - estão se afastando cada vez mais dos sentimentos intensos. É claro que uma dose de vodca pura (pra não citar nada mais pesado) é bem intensa. Mas emoções intensas. Porque machuca. Machuca sentir demais. A ressaca também machuca, mas nem se compara à dor que uma emoção forte pode causar. E então a gente se fecha e foge das emoções fortes pra não sentir dor. "Ah, eu me apaixonei por ele e ele não gosta de mim? Tudo bem, porque só pra garantir tratei de me apaixonar por outro enquanto isso. Ah, uma mulher que roubou um pote de manteiga foi condenada a 4 anos de prisão? Que chato, mas nossa! Tem uma liquidação no shopping!"
É assim no Admirável Mundo Novo. Tudo é milimetricamente calculado sem espaço pra erros, a Sociedade é perfeita e não há conflitos porque não existem fortes emoções. Ninguém briga, ninguém se magoa, é sempre tudo calmo e ninguém nunca está triste. Mas ninguém nunca está feliz. Ninguém pensa.
Eu sei que é mais fácil viver assim, sem sofrer, não dando muita importância pra nada nem ninguém. Economiza muita frustração e dor de cabeça, mas até que ponto é bom vendar os olhos, ligar o botão do foda-se e levar a vida no piloto automático?

Será que esse Mundo Novo é tão Admirável assim?

(Juro que comecei a escrever com uma idéia totalmente contrária a essa na cabeça, mas meus dedos têm vida própria e escrevem sozinhos, juro.)


Músicas que podem ter inspirado esse post:


Dreams - Fleetwood Mac
The Sound of Silence - Simon & Garfunkel
Submarine (não é uma música, mas)


PS.: Admirável Mundo Novo é um livro ótimo. Leiam!

abril 12, 2012

Fotas (de novo)!

Separei umas fotos pra impressão e achei elas tão fofinhas  bonitinhas e editadas (eu quase nunca edito fotos) que achei uma pena não postá-las em algum lugar. Antigamente a gente mostrava as fotos em álbuns, né? haha

Baby Lua


abril 07, 2012

Fantástico Universo: Gatos



maren-celest

Um gato pode ficar tão afeiçoado a você a ponto de esperá-lo na porta na hora em que deve voltar para casa. Ele dará voltas ao redor de suas pernas, ronronando alto e fazendo muito rebuliço. Mas, no minuto seguinte, o gato pode ver um passarinho no jardim e então pular pela porta afora, e esquecer de você.

:)


(Fantástico Universo: Gatos - Peggy Wratten)

março 30, 2012

Noé e a Baleia

Vou deixar vocês a par de algo que quem convive comigo tá careca de saber: eu sou facilmente obcecável. Quando eu cismo com algo, um filme por exemplo, assisto 20 vezes (o Diário da Princesa, por exemplo ah, como é embaraçoso admitir isso realmente assisti mais de 20 vezes) ou então uma música... escuto 10 vezes por dia.  Mayk e Bruno querem me matar quando ouvem a abertura de Fireflies :B



Minha mais nova obsessão é uma banda chamada Noah and The Whale. Eu sou muito apegada à músicas da minha adolescência porque elas me fazem sentir de certa forma. Muitas inspiram textos, desenhos, fotos, umas me deixam feliz mesmo num dia ruim, outras me dão vontade de andar pela cidade inteira, outras conseguem me fazer dormir depois de um dia cheio. Por isso, eu costumo ouvir sempre as mesmas bandas, desde que eu tinha uns 15-16 anos e é bem difícil eu gostar muito de algo novo. Até escuto, mas não é a mesma coisa.
Minhas bandas favoritas não mudaram desde os 2008 *queima filme*

Prevejo que Noah and The Whale ganhará status de banda permanente. As músicas conseguem me por num estado de espírito fantástico, fico feliz só de ouvir o primeiro refrão. Pode parecer exagerado ahahaha mas música é algo bastante intenso pra mim.
As músicas da playlist são do álbum Peaceful, The World Lays Me Down. Espero que faça alguém feliz também :)

março 25, 2012

Organizando a vida

Eu demoro pra pegar no tranco. Começo a gostar de uma música depois de uns 2 anos desde o seu lançamento, uso roupas que saíram de moda há 4 anos e faço calendários no fim do terceiro mês do ano.

Estou começando a estudar agora, depois de um mês de aulas, e estou começando a ficar apavorada com a areia movediça de matérias em que me meti.

(Eu tenho tantas coisas pra fazer que perder 2 minutos no Facebook soa como loucura.)



Pra tentar me desenrolar um pouco, decidi fazer um calendário pra enxergar melhor a datas das minhas provas e planejar as viagens pra casa, saída com os amigos, etc.
Encontrei alguns links úteis na internet e vou mostrar pra vocês :)

http://www.roadtripdanina.com/2012/01/calendario-2012-de-bolso.html (esse é mais pra não se perder na hora de colocar data nas provas! Haha)
http://www.pequeninavanilla.com.br/calendarios-2012-para-inspirar (vários calendários legais nesse link!)
http://www.melinasouza.com/2011/02/09/dicas-de-como-estudar/  (o post fala sobre estudos - dicas muito úteis, por sinal - mas também tem umas boas idéias pra calendário)

Depois que o meu calendário estiver pronto e funcionando, farei um post sobre ele também.
Até mais! :*

janeiro 31, 2012

O relógio do coração, Mário Quintana

Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente. Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia. Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram céleres, apesar do calendário nos mostrar que ficaram por anos em nossas agendas. Há amores não realizados que deixaram olhares de meses, e beijos não dados que até hoje esperam o desfecho. Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo na Terra, mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas. E há casamentos que, ao olhar para trás, mal preenchem os feriados da folhinha. Há tristezas que nos paralisaram por meses, mas que hoje, passados os dias difíceis, mal guardamos lembrança de horas. Há eventos que marcaram, e que duram para sempre o nascimento do filho, a morte da avó, a viagem inesquecível, o êxtase do sonho realizado. Estes têm a duração que nos ensina o significado da palavra “eternidade”. Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes, e na maioria das vezes o tempo transcorrido foi o mesmo. Mas conforme meu espírito, houve viagem que não teve fim até hoje, como há percurso que nem me lembro de ter feito, tão feliz estava eu na ocasião. O relógio do coração hoje descubro, bate noutra freqüência daquele que carrego no pulso. Marca um tempo diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da gente. Por este relógio, velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo que temos no mundo. É olhar as rugas e não perceber a maturidade. É pensar antes naquilo que não foi feito, ao invés de se alegrar e sorrir com as lembranças do que viveu. Pense nisso. E consulte sempre o relógio do coração: ele lhe mostrará o verdadeiro tempo do mundo. O tempo A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando de vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é natal... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado... Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo... E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz. A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.